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Elas são as novas
donas do mundo

Seguras e com dinheiro no bolso, as mulheres
solteiras, separadas e viúvas são o mais
importante bloco de consumo do planeta. Querem
casar e comprar e não estão sendo atendidas

Eliana Giannella Simonetti e Denise Ramiro


Divulgação
"Quero casar logo, dividir tudo com meu marido e ter filhos. Quero um homem que tenha as ambições iguais às minhas. Não quero ninguém que pense menor do que eu."
Fernanda Lima, de 23 anos, solteira, apresentadora da MTV


Segundo dados do Banco Mundial, existem no mundo cerca de 40 milhões de homens a mais do que mulheres. Por que, então, elas insistem em dizer que homem é artigo raro? A resposta a esta questão, encontrada em inúmeras pesquisas feitas em vários países, é a seguinte: o que está em falta não é quantidade, mas qualidade. A mulher coloca hoje uma lista maior de exigências antes de compartilhar a pasta de dentes com um homem. Qual é o exemplar do sexo dito forte que está disposto a discutir a relação com sua companheira? Onde está aquele que se prontifica a segurar a mão da moça enquanto ela enfrenta uma dificuldade, em vez de sair para o bar com os amigos? Quem é o rapaz disposto a abrir a porta do carro para a donzela romântica, à moda antiga? E quantos homens maduros, em vez de se enrabichar por uma gatinha com idade para ser sua filha, se arriscam num relacionamento mais equilibrado, com uma mulher de sua faixa etária, e muitas vezes com mais dinheiro e mais prestígio social que o seu? O espécime que as mulheres buscam, realmente, não está sobrando no mercado. Nas últimas semanas, VEJA entrevistou trinta mulheres solteiras, viúvas e separadas. As histórias destas personagens, escolhidas ao acaso, são reveladoras.

Maria Cristina Mattar tem 52 anos. Foi casada durante treze anos, teve quatro filhos e vive sozinha há vinte. É viúva. Neste período, namorou bastante, mas nunca se casou. Com um de seus namorados, teve uma experiência marcante. Certa vez seu filho mais velho adoeceu e foi hospitalizado. Quando Maria Cristina estava na cabeceira da cama do menino, o telefone tocou. "Se precisar de mim, estou na sauna do clube", disse o namorado. "A nossa relação acabou naquele momento", conta ela. "Não quero ficar sozinha, mas não é esse tipo de homem que eu procuro. Quero alguém que esteja sempre disposto a me dar apoio na hora difícil. Já estou achando que esse homem não existe". Maria Cristina é independente economicamente, bonita, bem-humorada e tem interesses diversificados. Já viajou bastante, gosta de cinema, teatro, show musical. Conhece muita gente. No entanto, continua só.


Claudio Rossi
"Nunca sonhei ser uma Cinderela. Já estive perto de casar, mas não deu certo. Hoje ligo mais para a minha carreira. Acho que casamento não é o fundamental. Fundamental é amar."
Mariana Holitz, de 35 anos, solteira, artista plástica


Alguém poderia dizer que o problema de Maria Cristina está na idade. Afinal, aos 52 anos, a chance de uma mulher se casar é estatisticamente ínfima. Vamos, então, a outro caso. Fernanda Lima tem 23 anos e é apresentadora da MTV. É linda, ganha o próprio dinheiro, tem apartamento em seu nome e pode comprar quase tudo o que quer – roupa, carro, viagens. Tem medo da solidão e está louca para se casar e ter filhos. Mas nem sequer namora. "Ainda não encontrei ninguém com quem possa dividir minha vida", diz. "Não quero estar com alguém que queira e possa menos do que eu."

A mulherada está fazendo e acontecendo, e os homens não estão acompanhando o andar dessa carruagem. A Young & Rubicam, uma empresa de publicidade americana, detectou esse fenômeno e resolveu fazer uma pesquisa para descobrir, afinal, que público novo é este que está surgindo e que as empresas não estão sabendo atender: o das mulheres sozinhas. A pesquisa descobriu que essa categoria de gente vem crescendo no mundo inteiro. Suas características são as seguintes:

Possuem muito poder de compra e influência social. Têm grandes oportunidades de ascensão na carreira profissional, larga expectativa de vida e estão se casando e tendo filhos cada vez mais tarde.

Gostam de qualidade e de informações seguras. São fiéis a marcas de produtos conhecidos e profundamente influenciadas por conselhos de amigos. Respondem bem a quem as trata como pessoas determinadas e inteligentes.

Sentem falta de oferta de serviços voltados especialmente para elas.

Estão ligadas na internet, que atende às suas necessidades de pessoas com pouco tempo para resolver problemas. Por isso, fazem compras, investem e se comunicam pela rede. Nos Estados Unidos, as mulheres usam mais a internet que os homens.

Adoram carro. Para elas, dirigir é um sinal de independência. Nos Estados Unidos, 75% das mulheres solteiras têm seu próprio carro. No Brasil, 40% das vendas de automóveis novos são feitas para mulheres.

Ter uma casa, para elas, é um investimento financeiro. Sessenta por cento das americanas que vivem sozinhas têm casa própria e vêm comprando imóveis a um ritmo maior do que o verificado entre os homens. Calcula-se que 5 milhões de novas casas terão de ser construídas nos Estados Unidos, até 2015, só para atender as mulheres sozinhas. No Brasil, elas já são a metade das compradoras de flats e lofts. Cinco anos atrás, 8% dos clientes da imobiliária Abyara, uma das maiores do país, eram mulheres. Hoje são 30%.

Mulheres sozinhas têm grande preocupação com segurança. Na Inglaterra e nos Estados Unidos, elas estão formando grupos que compram quadras inteiras de casas ou arrematam prédios de apartamentos, para se sentirem mais amparadas e compreendidas.

Elas adoram sair de casa. Na Inglaterra, França e Espanha descobriu-se que as mulheres sozinhas saem em grupos para bares, e bebem. Como homens. Então, na Inglaterra, surgiu uma rede de pubs, com mais de cinqüenta bares, o All Bar One, decorado de forma a atrair esse público. Ali elas ficam à vontade. Nenhum homem chega na mesa para oferecer companhia.

Mulheres sozinhas andam em grupo. Empresas que oferecem pacotes "dois pelo preço de um" têm grande chance de sucesso entre elas.

O número de mães solteiras, e trabalhadoras, é crescente. Nos Estados Unidos, em 1998, 1,3 milhão de bebês nasceram de mães descasadas – cerca da metade das crianças americanas nascidas naquele ano. Na Inglaterra foram 38%, na Dinamarca 46%, na Noruega 49% e na Islândia 65%. A maioria das mães solteiras tem curso superior e trabalha em posição de comando ou é dona do próprio negócio. Elas estão dispostas a pagar mais por bens e serviços que lhes permitam ficar mais tempo com suas crianças. Outra pesquisa feita pela Young & Rubicam, em maio deste ano, entrevistou 300 mulheres de todo o mundo. A metade delas respondeu que tinha dinheiro de sobra. O que falta, para elas, é tempo.


Ricardo Benichio
"A melhor sensação, depois que me separei, foi descobrir que sou dona do meu controle remoto e que posso assistir aos jogos de futebol quando bem entender. Cansei de ser dominada."
Valéria Cirello, de 36 anos, separada, publicitária


"As mulheres profissionais, bem educadas e sozinhas formam o maior grupo de consumidores do mundo ocidental. São hoje o que os yuppies foram nos anos 80. Há um movimento crescente para atrasar o casamento e celebrá-lo de forma mais segura", diz Marian Salzman, a pesquisadora cuja função, na Young & Rubicam, é detectar as tendências de consumo no planeta. Hoje, na França, as mulheres se casam, em média, aos 30 anos de idade. A porcentagem de japonesas solteiras cresceu 50% nos últimos quinze anos. Há, nos Estados Unidos, 1,4 milhão de lares dirigidos por mulheres, com patrimônio superior a 500.000 dólares cada um. Uma pesquisa feita pela revista Time e pela emissora de televisão CNN, nos Estados Unidos, revelou que as mulheres, mais que os homens, andam mais exigentes em relação ao parceiro. Querem casar e acham que podem encontrar o par perfeito. Mas se ele não aparecer, a maioria prefere permanecer sozinha.

Estas são histórias de países ricos. E os dados são mesmo espantosos. No Brasil, há mais mulheres chefiando famílias que nos Estados Unidos. Mas elas estão concentradas nas camadas mais pobres da população. Nota-se, ultimamente, no entanto, alguma transformação no universo feminino. A renda das mulheres economicamente ativas anda crescendo. Até o início dos anos 90, elas eram responsáveis por cerca de um terço do orçamento de suas famílias. Hoje arcam com 56% e, segundo apurou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano passado, encaram o trabalho como um de seus principais objetivos de vida. Entre as engenheiras brasileiras, 55% vivem sozinhas – ou são solteiras, ou separadas ou viúvas. Uma pesquisa do Crea, o conselho que reúne os profissionais do ramo, fez essa descoberta em 1997. A coordenadora do estudo, Célia Balário, arquiteta separada há 22 anos, tem uma explicação para o fenômeno. "No Brasil, os homens ainda são muito machistas. É difícil para eles conviver com uma boa profissional." Hoje, aos 54 anos de idade, Célia diz que, diante da perspectiva de casar e ter de cuidar de mais um homem, além de seus dois filhos, nunca pensou em procurar um novo companheiro.


Claudio Rossi
"Meu sonho é ter minha casa, com meu marido, filhos e cachorros. Mas faço questão de manter minha conta pessoal no banco. Não gosto de dar satisfação a ninguém."
Juliana Puga, de 24 anos, solteira, economista


As estatísticas brasileiras são precárias, mas oferecem mais alguns indícios do que vem acontecendo no país, em termos de relacionamento entre os sexos. Quem lidera os pedidos de separação, no Estado de São Paulo, são as mulheres. Segundo o IBGE, em 1995 as mulheres estiveram à frente de cerca de 70% dos divórcios e das separações judiciais litigiosas. Um estudo feito pelo instituto descobriu que o casamento formal deixou de ser o sonho de brasileiros e brasileiras. Em uma década, entre 1984 e 1994, o número de casamentos caiu cerca de 25%. A mais recente pesquisa feita pelo Grupo Catho, especializado em recursos humanos, aponta que no Brasil as mulheres estão sendo contratadas em maior proporção que os homens, são promovidas mais rapidamente e ocupam 14% dos cargos de direção nas pequenas e médias empresas. Entre os magistrados, as juízas eram 8% em 1980. Hoje são 25%.

Em setembro do ano passado, o Datafolha fez uma enquete em todo o Brasil com 2.038 pessoas. Descobriu que a maioria dos entrevistados considerava a família uma instituição importante, mas apenas 31% valorizavam o casamento. Para preservar a liberdade, evitar sofrimento ou por considerar já ter passado da idade, 37% das mulheres solteiras, separadas ou viúvas afirmaram não ter intenção de casar. Entre os homens, o índice de solteiros que pretendiam permanecer sozinhos era a metade do feminino. As mulheres, portanto, estão mais exigentes também no Brasil.

Quem não se lembra daquela juíza que enfrentou a máfia dos bicheiros cariocas e colocou os chefões do jogo atrás das grades? Pois é, Denise Frossard, a juíza, hoje está aposentada da magistratura. Trabalha como advogada. Mora no Leblon, um dos bairros mais caros do Rio de Janeiro, tem uma BMW compact, é divertida e gosta de passear de bicicleta pela praia e nas montanhas. Tem 47 anos de idade e é solteiríssima. Namora de vez em quando, mas nada muito sério. De família rica e órfã de mãe desde os 13 anos, sempre teve vida independente. Parece que ela não casa porque não quer, não é? Não. "Não sou contra o casamento, mas contra o contrato que torna a mulher dependente do homem. Dividiria uma casa com alguém desde que ela fosse grande. Acho que é possível encontrar um homem que tenha os mesmos interesses e necessidades que eu. Se rolar eu caso", diz.


Claudio Rossi
"Acho que não conseguiria mais viver com alguém debaixo do mesmo teto. Como poderia dividir a minha cama king-size e o meu banheiro novamente com outra pessoa?"
Maria Cristina Mattar, de 52 anos, viúva, empresária


Na Praia de Camboriú, em Santa Catarina, vive a médica Mavilde Gomes, cirurgiã pediátrica com especialização em terapia intensiva, de 38 anos de idade. Inteligente, bonita, feminina e animada, Mavilde nunca casou. Mora num apartamento com vista para o mar, freqüenta leilões de arte e antiguidades, onde compra quadros, esculturas e tapetes. Também gasta muito dinheiro com roupas. "Não há quem consiga entender meu ritmo", diz. Ela trabalha dezoito horas por dia. "Pior do que isso. Todo mundo que eu conheço acha um absurdo que eu gaste dinheiro como gasto. Não quero deixar de fazer o que tenho vontade. Por isso, acho que vai ser difícil encontrar alguém com quem queira casar."

"A sobrevivência do casamento está cada vez mais difícil porque a mulher quer recriar o homem", diz o psiquiatra Eduardo Ferreira-Santos, supervisor da equipe de psicoterapia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. "Ninguém mais quer ceder nada." A paulista Valéria Cirello, publicitária diretora da Lowe Lintas, tem 36 anos. Ficou casada durante sete anos com um homem obsessivamente organizado cujos gostos não tinham nada a ver com os dela. Teve um filho e cansou de ceder aos caprichos do marido. Separou-se há três anos. Sua primeira providência como mulher livre foi comprar uma Mercedes Classe A. "Foi meu grito de independência. Ele jamais permitiria que eu comprasse este carro", diz. Depois, adquiriu um colchão de dois andares, ao estilo americano, muitas plantas, que o ex-marido odiava, objetos de decoração e um cãozinho, outro item que seu companheiro não suportava. Melhorou o plano de saúde do filho e está contratando um plano de previdência privada para o menino.

Não é à toa que o consultor americano Tom Peters, em seu livro The Circle of Innovation, diz que as mulheres são hoje a oportunidade número 1 para quem vende plano de saúde, serviços financeiros, carros, produtos de telecomunicação e qualquer outra coisa em que se possa pensar. Aquele clichê segundo o qual mulher só gosta de comprar roupas, sapatos, flores e comidinhas está mais do que ultrapassado. Mulher gosta de tudo isso e muito mais. A economista Juliana Puga, de 24 anos, trabalha com marketing na BCP, operadora de telefonia celular em São Paulo. A esta altura da vida, já tem um currículo respeitável. Estudou e trabalhou nos Estados Unidos. É compradora voraz de equipamentos tecnológicos de todo o tipo. De laptop a celular. "Não me vejo casando com alguém que dê palpites sobre o CD que quero comprar", diz. Esta é uma linha de consumo que as mulheres estão abraçando, a de produtos tecnológicos. A outra diz respeito a itens radicais. Mulheres, no Brasil, são maioria entre os freqüentadores dos albergues, hospedagem para quem curte viagens alternativas. Mariana Holitz, artista plástica que vive em São Paulo, tem 35 anos e é solteira. Sua diversão? Participar de rallies, praticar rafting e rapel. "Casar não é fundamental. Amar é fundamental." Parece uma mulher diferente, mas, pasmem, ela é louquinha por sapatos. Tem uma coleção de cinqüenta pares em seu armário.


Suzete Sandin
"Fui criada pelo meu pai e por isso sempre considerei o trabalho muito importante. Passo a maior parte do tempo trabalhando. E acho que nunca encontrarei alguém que consiga conviver com isso."
Mavilde Gomes, de 38 anos, solteira, médica


O grupo das mulheres sozinhas, como se vê, está longe de ser homogêneo. Ele abraça jovens e velhas, conservadoras e modernas, naturalistas e tecnológicas. "Em comum, a mulherada tem duas características marcantes. A primeira delas é a vontade de casar – mas não com qualquer fulano nem do jeito convencional. A segunda é o poder aquisitivo. Entre as solitárias, o grupo que cresce mais rapidamente é o que tem maior renda", diz Célia Belém Chiavone, que cuida das pesquisas da Young & Rubicam em São Paulo.

Em países desenvolvidos, o poder de compra da mulher que é dona de seu nariz já vem sendo explorado. Na Inglaterra, no mês passado, foi lançada a revista Your Car, especializada em automobilismo e voltada especialmente para o público feminino. Considerando que, em 1995, 238 milhões de mulheres viajaram sozinhas para fora de seus países, um hotel em Bangcoc, o Amari Airport, separou um andar inteiro só para elas. Há um site na internet, o Expedia.com, que tem uma página contendo 1.000 dicas de viagem para as solitárias. Explica desde os truques para esconder dinheiro no sutiã até maneiras de escapar do assédio de homens na rua. No Brasil as mulheres ainda não têm bares e restaurantes exclusivos. Também sofrem um pouco quando têm de ir a uma borracharia.

Todas as entrevistadas por VEJA reclamam da falta de serviços voltados para as mulheres. Mas estão surgindo novidades interessantes. Já há cursos de mecânica de automóvel para elas. Depois de fazer uma pesquisa entre seus clientes, a Fiat descobriu que as mulheres são as maiores compradoras dos carros de sua marca. Então, nos últimos anos, incluiu um espelhinho no pára-sol do motorista. Um detalhe baratinho que tem agradado muito à freguesia. Existe, no Rio de Janeiro, um serviço de aluguel de marido. Isso mesmo. As mulheres que precisam fazer um pequeno conserto em casa, coisa que um marido dedicado resolveria, podem encomendar um rapagão para quebrar o galho. Outros sites oferecem dicas de jardinagem, moda, boas compras e investimentos. O Mulherinvest recomenda que suas visitantes planejem um dia estar sozinhas, mesmo que sejam casadas. Os argumentos: a cada dois casamentos, um acaba em divórcio; atualmente, a maioria dos casos envolve casais que foram casados por um longo período; e, finalmente, após o divórcio a maior parte dos homens tem seu padrão de vida elevado, enquanto o das mulheres cai.

É isso aí, minha gente. Está na hora de os empresários brasileiros caírem em si e olharem, com mais carinho e cuidado, o sexo feminino. Está na hora, também, de os homens perceberem que o mulherio já não compete mais com eles. Elas estão empatadas. Portanto, é tempo de relaxar e aproveitar a companhia.

 

 

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